A cafeína, um alcaloide do grupo das metilxantinas, que ocorre naturalmente no café, chá e chocolate, com efeitos relevantes em vários processos bioquímicos celulares. Alguns desses efeitos incluem: a inibição da atividade da fosfodiesterase e a acumulação de cAMP; redução do efeito mutagênico do induzido por UV; efeitos antioxidantes e influência no reparo do DNA. Estudos também demonstram o efeito booster de proteção da cafeína em filtros solares, com faixa espectral entre 244 e 295 nm, e aumento da estabilidade química dos componentes da fórmula. Sendo esses mecanismos responsáveis pela sua capacidade de proteção da pele contra fotoenvelhecimento causado por indução UV.

A cafeína também tem destaque entre as substâncias que se caracterizam por serem agentes redutores da lipogênese e promotores da lipólise. A lipodistrofia ginóide, comumente conhecida como celulite, é uma alteração do tecido gorduroso multifatorial percebida pelo aparecimento de deformações na pele semelhantes ao aspecto de “casca de laranja”. Esta disfunção da pele pode ocorrer em qualquer região do corpo, porém, é mais frequente na região dos glúteos, coxas e abdômen, afetando principalmente a população feminina após a puberdade. Alterações de fibroblastos, principalmente causadas por estrogênio, criam modificações estruturais nos glicosaminoglicanos da derme e no tecido conjuntivo perivascular. Esse processo causa retenção de água (edema), aumenta a viscosidade da matriz intersticial, produz mudanças celulares, e, consequentemente, comprime os vasos. A má circulação sanguínea, leva a uma alteração no metabolismo da glicose, que ativa a prolina, aumentando a produção de colágeno, resultando na fibrose do tecido.