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Será que a dose utilizada nos cosméticos é realmente efetiva?



Você provavelmente já escolheu um produto porque continha um pouco mais de algum componente, como por exemplo um suco menos diluído, e que por isso teria um sabor mais rico, ou um sanduiche mais recheado. No mundo dos cosméticos essa mesma lógica se aplica, onde o produto que contém mais ativo é considerado melhor e deve gerar melhor efeito.

Pensar assim faz sentido, afinal, se somente aquela substância causa efeito, uma quantidade maior dela deve fazer mais efeito e trazer um melhor retorno ao consumidor. No entanto, isso nem sempre é verdade, pois existem variações de cada ativo, com diferentes atividades, e muitas vezes os formuladores são obrigados a colocar altas concentrações de ativos por


eles possuírem baixa estabilidade e se degradarem consideravelmente até chegarem ao consumidor, de forma que a alta concentração do ativo na verdade foi feita para que somente uma pequena quantidade chegasse viável até você.


O uso da nanotecnologia torna possível entregar um excelente produto, mais fácil de formular, sem precisar aumentar enormemente a concentração de ativos. São soluções inteligentes e inovadoras, que usam tecnologia de ponta para fazer mais com menos.


Essas tecnologias permitem falar de dose efetiva, que é a quantidade necessária de uma substância para que o efeito almejado ocorra, ou seja, o quão efetiva é certa dose. A nanoencapsulação de ativos faz com que a dose efetiva se torne muito menor do que dos ativos livres, aumentando a eficácia dos produtos e potencialmente reduzindo custos.


Mas como a nanotecnologia faz isso? O uso da nanotecnologia, e mais especificamente a encapsulação de ativos com nanopartículas, proporciona melhor estabilidade, melhor capacidade de permeação e entrega inteligente, que fazem o ativo chegar sem interferências no local onde agirá, e isso faz com que seja muito mais eficaz.


A Nanovetores desenvolveu alguns produtos que demonstram muito bem a questão da dose efetiva. A NanoIcaridina é um ativo repelente que apresentou a mesma ação protetora que a icaridina livre, só que em concentração 4,5 vezes menor, demonstrando que a dose efetiva proporcionada pela encapsulação diminuiu consideravelmente, e consequentemente, a eficácia aumentou. A imagem abaixo demonstra a degradação dos ativos no tempo, onde é possível notar a constância do ativo nanoencapsulado no decorrer das 8 horas iniciais, revelando a maior estabilidade e eficácia da Nanoicaridina quando comparada a icaridina livre.


Imagem: Gráficos demonstrativos da concentração do ativo, e consequentemente de sua eficácia, no decorrer de algumas horas. Fonte: Nanovetores e laboratório Kosmoscience.


Outros exemplos são o NV Ascorbic Acid, o NV Retinol e o NV Cysteamine 15, versões encapsuladas dos ativos. O NV Ascorbic Acid apresenta 1,8 vezes maior efeito antioxidante em mesma concentração que o ativo livre; o NV Retinol possui 14 vezes mais ação antienvelhecimento mesmo estando 10 vezes menos concentrada que o ativo livre e o NV Cysteamine 15 é 1,3 vezes mais clareador do que o ativo livre mesmo estando 6,6 vezes em menor quantidade.


Além da maior eficácia, ter uma dose mais eficaz é positivo para a questão ambiental e de segurança. Utilizar produtos com maior eficácia, e consequentemente reduzir o consumo de embalagens e afins, é um ponto crucial para o desenvolvimento sustentável. A segurança também é aumentada já que doses excessivas de qualquer produto não são recomendadas.

Portanto, a nanoencapsulação de ativos proporciona uma melhor relação dose-resposta. A dose eficaz torna-se menor e o ativo mais eficaz, agregando valor para formuladores e consumidores e contribuindo para a geração de produtos cada vez mais eficientes.

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